2010 foi um ano marcado pela retracção do mercado imobiliário, motivada pela baixa procura dos imóveis para arrendamento, bem como baixa procura para compra, devido a falta de crédito imobiliário acessível junto aos bancos.
Em 2011, com o pagamento das dívidas por parte do Estado, retomada das obras públicas e contratação de novas obras, bem como a aumento do preço do petróleo, verificar-se-á um incremento da economia que fatalmente irá reflectir-se no imobiliário.
Com a baixa da remuneração dos títulos púbicos do Banco Central para um índice bem próximo ao da inflação expectável, não torna-se mais interessante manter o dinheiro aplicado nessa instituição, o que provavelmente fará tanto bancos como investidores procurarem uma melhor aplicação a seu dinheiro e, em um país onde não existe bolsa de valores nem fundos imobiliários e onde as aplicações bancárias não são tão atraentes assim, restará ao investidor aplicar na produção ou no imobiliário.
Enquanto que na parte residencial nota-se uma mudança de público, saindo os investidores, dando lugar agora aos interessados em casa para morar, não vemos esses mesmos investidores interessados em investir em escritórios. A aceleração da economia criará uma maior demanda que pouco está a ser atendida no que concerne a escritórios e lojas.
No entanto, esse será um excelente investimento para os próximos anos, uma vez que o surgimento de novos empresários e empresas, tanto nacionais como estrangeiras, demandarão esse tipo de produto, mantendo ou elevando seu preço, fazendo com que o retorno do investimento seja mais rápido.
Resta agora o surgimento do crédito imobiliário de forma mais alargada e barata, o que daria um grande impulso no imobiliário e consequentemente no crescimento interno da economia, da indústria e da formação profissional.
Cleber Corrêa
Director Geral
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